Confirmando as expectativas, o comércio eletrônico no Brasil manteve a curva ascendente de crescimento no primeiro semestre, conforme demonstrado pela 40ª edição do relatório Webshoppers divulgado nesta quarta-feira, 21 de agosto, pela Ebit|Nielsen.

O crescimento registrado em relação ao mesmo período do ano passado é de 12% no volume de vendas, repetindo o mesmo percentual dos primeiros seis meses de 2018 em relação a 2017. O faturamento do período analisado neste ano atingiu R$ 26,4 bilhões.

Na análise do volume de pedidos no primeiro semestre de 2019 houve um aumento de 20% em comparação com o ano anterior, que havia crescido 8% no primeiro semestre. O crescimento representa R$ 65,2 milhões de reais a mais em volume de pedidos.

O e-commerce, segundo a análise dos especialistas envolvidos na pesquisa, tem uma realidade à parte em relação a situação econômica do país e o seu crescimento não reflete uma melhoria da economia. Na verdade, há uma migração dos consumidores com a descoberta do canal on-line entre as possibilidades de compras, com a experimentação de novas lojas, categorias e produtos no comércio eletrônico.

Outro fator de destaque é a entrada de novos consumidores no e-commerce, apontando para uma evolução do canal, conforme destacou Anna Szasz, da Ebit|Nielsen.

Segundo o levantamento, 5,3 milhões de consumidores que foram às compras on-line no primeiro semestre, o equivalente a 18,1% do total, tiveram esta experiência pela primeira vez.

No número total de compradores on-line foi registrado um aumento de 7%, que equivalem a 29,7 milhões de consumidores comparando o semestre inicial de 2019 com os primeiros seis meses de 2018.

Crescimento regional

Entre as regiões do país o crescimento que chamou a atenção nesta edição do relatório Webshoppers veio da região Sul do país, que faturou R$ 5,4 bilhões. Enquanto o Sudeste continua liderando as compras do e-commerce em faturamento, registrando R$ 15 bilhões.

Nas outras regiões o Nordeste faturou R$ 3,3 bilhões, o Norte R$ 900 milhões e o Centro Oeste alcançou R$ 1,8 bilhão.